“Oito Mulheres e um Segredo”

Cinema, Nas Telonas

Só Deus sabe como estou atrasada pra falar com vocês sobre esse filme!

Primeiro que eu já demorei um bocado pra ir ao cinema assistir: o longa estreou dia 7 de junho em território nacional, e a bonita aqui só resolveu dar as caras no cinema uma semana depois, no dia 14. Mas juro que não foi desinteresse, o problema foi um conflito de agendas e um erro de comunicação com meus companheiros de 7ª arte.

Eu geralmente não tenho problemas em ir ao cinema sozinha, às vezes até prefiro, mas quando a gente fala de grandes blockbusters, sempre tem alguns coleguinhas que vão querer ir assistir aos filmes com a gente e, inclusive, podem ficar chateadíssimos se formos sem eles.

Sendo assim, agendas devidamente pareadas, na quinta-feira passada conferimos a sequência disfarçada de reboot estrelada por Sandra Bullock, e uma semana depois de assistir, eu finalmente trago a minha crítica bem amadora e cheia de abobrinhas sobre a “versão feminina” do clássico encabeçado por George Clooney, e já aviso, não me levem muito a sério, eu não sou nada profissional (inclusive sou bem tendenciosa) quando se trata de dar a minha humilde opinião sobre filmes.

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Com um elenco estelar, composto por nomes de peso como Cate Blanchett, Helena Bonham Carter, Sarah Paulson, Anne Hathaway, Rihanna, Mindy Kaling e a novata Awkwafina, o longa nos apresenta Debbie Ocean (Bullock), irmã do já conhecido golpista Danny Ocean (vivido pelo homão da porra George Clooney), em “Onze Homens e um Segredo” (2001):

“Recém-saída da prisão, Debbie Ocean logo procura sua ex-parceira Lou (Blanchett) para realizar um elaborado assalto: roubar um colar de diamantes no valor de US$ 150 milhões, que a Cartier mantém sempre em um cofre. O plano é convencer a empresa a emprestá-lo para que a estrela Daphne Kluger (Hathaway) use a joia no badalado Met Gala, um dos eventos mais chiques e vistosos de Nova York. Para tanto, Debbie e Lou reúnem uma equipe composta apenas por mulheres: Nine Ball (Rihanna), Amita (Kaling), Constance (Awkwafina), Rose (Bonham Carter) e Tammy (Paulson).”

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Olha, eu imagino que repaginar uma franquia do calibre de “Ocean’s”, com um elenco totalmente diferente e inteiramente feminino, não deva ser uma missão fácil.

A gente pode ver o exemplo de “Ghostbusters” (2016), que não deu lá muito certo e aqui a culpa não é do elenco totalmente feminino, tá? O roteiro é que era fraquíssimo mesmo e sem nenhum apelo, com personagens bem rasas, que criaram zero empatia com o público.

Graças a Deus, esse problema não pertence à “Oito Mulheres e um Segredo”. O diretor Gary Ross nos entregou uma trama leve e bem humorada, com atuações impecáveis desse time composto por mulheres incríveis.

Inclusive, o ponto alto do filme é o time. Todas as personagens são bem construídas, únicas e envolventes, e cada uma tem tarefas vitais para o sucesso do plano em questão. Todo mundo tá super afiado e confortável em seus respectivos papéis, cheias de entrosamento e tiradas hilárias.

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Obviamente, não da pra comparar este filme com a trilogia anterior, mas a beleza da coisa toda é que o longa não tem essa pretensão, muito pelo contrário. O filme sabe bem o que é e se aproveita de seus pontos fortes, como foi muito bem abordado em um diálogo entre Debbie e Lou, a respeito do motivo de a equipe não contar com nem sequer um homem: “para roubar um milionário colar Cartier no Met Gala, é preciso passar despercebida. Nós, mulheres, somos frequentemente ignoradas. Por que não usar isso em nosso favor?”

Adorei a trilha sonora do filme e o fato de alguns enquadramentos nos remeterem diretamente aos filmes de Clooney e companhia. Inclusive, amei a participação de 2 personagens da franquia original!

Fiquei empolgadíssima com o fato da Anne Hathaway interpretar uma modelo descabeçada e da Rihanna interpretar ela mesma HAHAHA. Achei incrível a química entre a Debbie e a Lou, fiquei até esperando que rolasse algum affair entre as duas.

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Mas acho que o que mais gostei nessa história foi que, além da personagem da Sandra Bullock armar todo um plano pra enriquecer, ela ainda encaixou tudo numa vingança maravilhosa contra o boy escroto que cagou na cabeça dela. E o melhor, ainda arrematou tudo ao dizer que elas não estavam fazendo isso apenas pelo dinheiro ou pela vingança! Elas estavam fazendo isso por que em algum lugar, uma jovem menininha sonhava em ser uma criminosa. E era por essa menininha que elas roubariam aquele colar!

Enfim, “Oito Mulheres e um Segredo” é divertido e envolvente, garantia de boas risadas e entretenimento pra ninguém botar defeito. Não é aquele filme estupendo ou desafiador, mas ele cumpre bem o papel a que se propôs.

E você, já assistiu? Pretende ver? O que achou? Me conta TUDO aqui nos comentários!